segunda-feira, 9 de abril de 2012

Marina Barreto - Cemitério do Redemptor



Marina Xavier Barreto - 3BPM

 

O Cemitério do Redemptor esá localizado em uma das regiões mais tradicionais de São Paulo e é o maior exemplo da preservação da história de nossa sociedade. Os “flats” são simples, sem ostentação. Todos, porém, são super bem-cuidados, ajardinados e cheios de árvores, com bancos de jardim; tudo muito limpo e organizado. Inaugurado em 1924, sempre abrigou aqueles que não compartilham das crenças católicas.
Apesar da maioria das pessoas procurarem o cemitério para visitar seus entes queridos e lamentar suas perdas, eu senti uma paz muito grande lá dentro, pois não havia barulho nem nada que pudesse desviar a minha atenção das esculturas. Na foto a seguir, mesmo que a escultura seja símbolo da tristeza daqueles que visitam o cemitério, há algo de bonito e tranquilo na expressão da mulher que emana paz e um certo “conforto” a quem passa por ali.
 
Dimensão da obra: 164 x 79


Dimensão da obra: 157 x 68,5
O túmulo que mais chamou a minha atenção foi o Ibraim Naufal. Nele, há a escultura de uma mulher, sentada sobre um trono e lendo algo que deduzi ser a bílbia. Ela está sentada SOB o túmulo, como quem ora e zela por quem está ali enterrado. 

Logo na entrada nos deparamos com uma escultura feita a bronze, e que pertenceu a família Hunt. Ela foi feita por um dos integrantes da família, Richard Morris Hunt - que estudou na École de Beaux Arts.
Dimensão da obra: 121,5 x 53

O Cemitério Redemptor, além de ser a casa de entes queridos, proporciona aos seus visitantes a possibilidade de desfrutar de um belíssimo local para a reflexão, a meditação, a leitura e a contemplação de belas árvores e de um lago com belas carpas, fato raro na região central de uma metrópole de proporções como a nossa.
Algumas pessoas importantes que foram sepultadas lá: a fina-flor do samba - Alfred Weiszflog, a família Bennet, a família Lutz, a família Von Bülow, entre outras.

Funcionamento:
Segunda à Domingo, das 07h00 às 18h00
Obs.: Nos feriados das 07h00 às 18h00
Entrada Gratuita
Categoria: Passeios
Especialidade: Cemitérios
Endereço: Avenida Doutor Arnaldo, 1 105
Bairro: Consolação / Higienópolis
Tel.: (011) 3082-0437




Marina Couto Barcellos   3º BPM
De Corpos Esculturais 







50x130 mm

Exposição interessante. Não era permitido tirar fotos dentro do local.
O espaço em si era bem pequeno, praticamente nenhum senário por traz da exposição. Sala branca, com os objetos expostos em cima de pilares, e cobertos com uma espécie de tampa de acrílico. Poucas obras expostas, em torno de 15.
Quase todas as obras são feitas de argila com acabamento em pintura fria, polimento ou verniz. Apenas uma é feita de concreto celular com acabamento em verniz.
Duas obras em especial me chamaram atenção, uma chama-se "Pernas Cruzadas" da artista Elizabeth Bocato e parece duas montanhas se olhada de longe, é feita de argila e tem acabamento em polimento. A outra se chama "Mão Masculina" de Carla Straube de argila, inclusive a capa da exposição é com essa obra!
Achei interessante a maneira como cada artista vê o corpo humano e alguma de suas partes, representadas de maneira real e também distorcidas e fragmentadas.





De Corpos Esculturais – Coletiva
Biblioteca Monteiro Lobato
2 a 30 de Abril
Entrada franca. Rua João Gonçalves, 439, Centro de Guarulhos.
Segunda a sexta, das 9h às 18h, e sábado, das 9h às 14h, exceto feriados.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Manuel Álvarez Bravo - fotopoesia

Mariana Martins Cuder



Um dos grandes nomes da fotografia moderna e contemporânea mundial, o mexicano Manuel Alvarez Bravo (1902-2002) é o nome de maior relevância na fotografia do século XX de seu país. Seus primeiros trabalhos foram feitos no começo dos anos 1920, e exploravam elementos da tradição pictorialista, influenciados pela obra de fotógrafos atuantes no México, como Hugo Brehme, Guilhermo Kahlo e Agustín Casasola.



Suas fotografias são influenciadas pela revolução mexicana (1910-1920) e por fotógrafos que contribuíram para estabelecer uma iconografia fotográfica centrada em sua cultura indígena, em sua gente e em sua paisagem, fazendo com que Manuel se manifestasse por uma estética "fotopoética".

A exposição apresenta suas obras em 5 ambientes. Ao entrar, as primeiras fotos com as quais me deparo são as do círculo de relacionamentos de Manuel Álvarez Bravo. Em seguida surgem os outros 4 ambientes que são divididos por épocas.
Anos 1920/1930 - primeiros trabalhos e experimentação moderna
Anos 1920/1930 - poética humanista e surrealismo
Anos 1940/1960 - ecletismo, engajamento social e documentação
Anos 1970/1990 - a obra revisitada e em exposição

O ambiente da exposição é claro, com suas paredes brancas e laranjas, com ar condicionado e com focos de luz tanto para as mesas centrais ondem eram expostos os livros de Manuel, quanto para as fotos nas paredes. É um lugar super silencioso e aconchegante, e há também uma lojinha na entrada. Infelizmente não era permitido tirar foto de absolutamente nada, nem da lojinha, pois a atendente era extremamente grossa e mal humorada. Mas como uma boa brasileira, tirei uma foto escondida; ficou péssima, ainda mais com o celular, mas era pra provar que eu entrei.


Mesa central mostrando o livro de Manuel Álvarez Bravo


Uma obra que me chamou bastante a atenção foi a Lucrécia, pois Manuel saiu do padrão de foto, utilizou uma maquina de raio-x, que parece tentar expressar um grande sentimento de sofrimento de uma mulher ao mostrar uma espada sendo enfincada em seu coração. 

Lucrécia, 1942-1946
20 x 25cm
Tiragem assinada pelo autor
Coleção Associação Manuel Álvarez Bravo


Outra foto que me chamou cativou foi a Lebrança de Atzopan, pois ao bater o olho vi duas janelas, quando na verdade, eram uma janela e uma menina. A parede suja com uma janela de fundo preto e a menina encostada nesta com um vestido sujo e de cabelo preto, fizeram com que eu me confundisse.

Lembrança de Atzompan, 1943
Gelatina/prata
28 x 36 cm
Coleção Associação Manuel Álvarez Bravo


Suas fotos são muito chocantes, mostram muita morte, pobreza, partes íntimas, e na maioria das fotos, femininas, mas sempre com um toque misterioso. As fotos de corpos nus sempre mostram uma parte mas tampam outra.

Menino urinando, 1927

Comedor

Striking worker, murdered, 1934
Gelatin silver print
7 1/2 x 9 1/2 in. 
92.XM.23.27



quote start When I work it´s by impulse. Not in the sense of planning a photograph in advance. I work by impulse. No philosophy. No ideas. Not by the head but by the eyes. Eventually inspiration comes. Instinct is the same as inspiration, and eventually it comes quote end
Manuel Álvarez Bravo




A exposição conta com o apoio do Museu de Arte Moderna e Instituto Nacional de Belas Artes.

Exposição Manuel Álvarez Bravo - fotopoesia
De 23 de maço a 1 de julho de 2012
De terça a sexta, das 13h às 19h
Sábados, domingo e feriados, das 13h às 18h
Local: Rua Piaui, 844, 1º andar - Higienópolis
Entrada gratuita
Telefone: 11 3825-2560
Mais informações: http://ims.uol.com.br/Home/D1

terça-feira, 3 de abril de 2012

Deuses e Madonas – A arte do sagrado





Erica Perocco



A representação de deuses e madonas nesta exposição alicerça-se sobre a ideia do  sagrado, uma categoria da relação entre o ser humano, a vida e o mundo, que pertence ao campo do indizível, daquilo que foge ao racional. Em sentido comum, o sagrado expressa um atributo moral traduzido pela ideia do bom e do bem
Esta exposição apresenta obras de artistas dos séculos 14 ao 19 , e mostra o universo do sagrado na cultura ocidental. Pude entender a mensagem que se passava, em que o sagrado é algo que não se traduz em palavras e sim em sensações, emoções, em sentimentos que exprime a alma. Pode se manifestar em imagens, como na arte, pois a arte mostra aquilo que é sensorial. 
A intenção da exposição é que os momentos passados, onde o que se interessava era o sagrado fosse substituido pelo novo: a arte que o exprime. 
As obras, por sua vez, eram dispostas em uma sequencia logica, a qual permitia um melhor entendimento do que os artistas queriam transmitir. Alem disso, cada obra vinha com um texto com o nome do artista, da obra e pequena explicação sobre a mesma. Particularmente gostei muito das obras, pude observar que essas variavam de estilos, obedecendo a uma determinada técnica de se pintar, porém as que mais gostei foram as que tinham um toque abstrato. 




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Serviço :
Período:
Desde 15 de outubro de 2010 (sem previsão de encerramento, Acervo MASP)
Local:
2º andar do MASP, Galeria Georges Wildenstein

segunda-feira, 2 de abril de 2012

"Fio Condutor"


 Exposicao: Fio Condutor
 Marcelo Shalders-41113634 3BPM
EU
A exposição “Fio condutor” do artista Alexandre Skaff conta em seu acervo com 11 obras, sendo que 6 delas sao formadas em duplas, considerando apenas como 8 obras, e esta permanecerá em cartaz até dia 28 de Abril na “Galeria AVA”, na Rua Mateus Grou, 513, no bairro Pinheiros.
Alexandre Skaff une visões sobre elementos comuns da cidade, desenhos e instalações, As pinturas utilizam da luz para representar um elemento essencial da rotina de todos: A energia elétrica.
De todas as suas obras 5 sao criadas sobre grandes pedacos de Madeira(190X 90cm) originalmente utilizadas para transporte de cargas pesadas e eletrodomésticos, foram tratadas e agora reutilizadas para base das pinturas. As outras tres sao desenhos feitos de carvao e pastel sobre vidro. Todas suas obras foram feitas em 2012.
 
Quadros feitos de carvao


Foto Esolhida, e a que nome a Exposicao


Assim como o artista diz “Não acredito que eu crie o tema das minhas obras, acredito sim que elas são uma tradução do que percebo”, que acredita que parte de sua inspiracao veio de fotos retiradas de Nova York e Sao Paulo.
A caracteristica mais marcante dessa exposicao, sem duvida e a utilizacam da luz, que faz parte de todos as obras, e a segunda o uso da Madeira reutilizada. Ja que o artista nao utiliza de cores, apenas do preto e “branco”, no caso das obras de madeiras, a cor delas proprias.
A obra que mais me chamou a atencao foi a que da o nome a exposicao “ Fio condutor, poise la me passa uma sensacao de forca, poder, alem de ser muito bem feito, com tracos imitando a realidade, e juntando dois elementos que nao se dao juntos. Alem de ser a obra que tem mais informacao e diferentes formatos.
“Fio Condutor” é primeira exposição individual de Alexandre Skaff e essa é também a primeira vez em que o artista realiza uma instalação. Normalmente o artista produz suas obras em papel. Apesar de ser pequena, a exposicao atrai a todos no momento em que ve a primeira de suas obras, e nos deixa maravilhados com tantas percepcoes que podemos ter.

São Paulo - Capital da arte de rua

Marina Ribeiro - 41112883


Eduardo Kobra é um artista da neo-vanguarda paulista, considerado um bom desenhista e hábil pintor realista. Seu talento teve inicio em 1987, no bairro do Campo Limpo, com o pixo e o graffiti. Com os desdobramentos que a arte urbana ganhou em São Paulo, Kobra derivou para um muralismo original, inspirado especialmente nos pintores mexicanos, e no design do norte americano Eric Grohe. Kobra desenvolve obras que misturam o traço do grafite rico em sombra, luz e brilho. O resultado são murais tridimensionais que permitem ao público interagir com a obra. A idéia é estabelecer uma comparação entre o ar romântico e o clima de nostalgia, com a constante agitação de hoje.

                                             Eduardo Kobra - o artista



O artista desenvolveu o projeto “Muros da memória”, que busca transformar a paisagem urbana por meio da arte e resgatar a memória da cidade. O projeto é síntese do seu modo peculiar de criar, através do qual não apenas pinta, mas também adere, interfere e sobrepõe cenas e personagens das primeiras décadas do século XX. É uma junção de nostalgia e modernidade, por meio de pinturas cenográficas, algumas monumentais, criando através delas portais para saudosos momentos da cidade.

















Fui na Avenida 23 de Maio, onde encontra-se um de seus maiores trabalhos. Um muro  que mede 1000 m², foi desenhado pelo artista em comemoração ao aniversário de São Paulo.


                                                            Eu 



Todo em tons de preto, branco e cinza, o mural mostra o bairro antigamente. Crianças, adultos e meios de transporte se destacam no grafite.










Quando se passa de carro pelo mural, não se tem noção de seu tamanho. Quando fui tirar as fotos, é incrivel como ele “se torna” muito maior.



                                            Vista panorâmica do muro



Achei interessante o modo que o mural e o prédio da IBM, atrás, se distoam. É como se houvesse o encontro no passado com o futuro, o que resultou em uma vista muito bonita e diferente.





Foi uma experiência muito legal ver um muro que retrata como era São Paulo há alguns anos. Os meus olhos percorreram todo o desenho e a cada olhada encontrei um detalhe a mais. É incrível como o grafite tem esse poder. Além de dar um ar novo ao lugar, torna-se uma arte a céu aberto.





“Empresto aos meus Desenhos, Minhas Memórias”


Martim Mendonça de Albuquerque Cavalcanti, 3BPM


A exposição “Empresto aos meus Desenhos, Minhas Memórias” do artista Leandro Dário conta com diversos quadros que misturam técnicas e texturas e esta permanecerá em cartaz até dia18 de Abril na “Galeria AVA”, na Rua Mateus Grou, 513, no bairro Pinheiros.

Os quadros não contam com nenhuma aparência humana, apenas animais vestidos ou agindo como humanos. Os animais usados pelo artista variam entre cães e gatos de diversas raças e estes foram pintados digitalmente.

Eu e os Gatos

A obra que mais me chamou atenção foi uma chamada “Dona Gata” (abaixo) que conta com três figuras felinas vestidas como três mulheres (uma mãe e duas filhas) como se estivessem arrumadas e posando para um retrato familiar. O que há de mais interessante nas obras é a maneira como Leandro Dário “personifica” os animais, dando-os expressões e características humanas, o que é, ao mesmo tempo, interessante e estranho.  

“Dona Gata”

Outro aspecto marcante das obras é a escolha de cores feita pelo artista. Este faz sempre um contraste entre o branco e preto, adicionando mais uma cor forte (quase sempre neon), o que dá uma visualização interessante dos quadros. Os traços de Dário são excêntricos e diferentes, como pode-se notar nas imagens abaixo:

 







“Autorretrato” (2012)

“Cristo” (2011)