terça-feira, 27 de março de 2012

Ocupação ANGELI

Por Paula Davanço Giannini

Eu, Paula, na frente da ocupação

Obra que ocupa uma das paredes da sala com a luz vermelha

A ocupação é de charges. Milhares em vários formatos. Tem capa de disco de vinil, tirinhas, cartazes de festivais, charges em bonecos de gesso, charges do tamanho de uma folha A4 e obras que ocupam uma parede inteira. Essa variedade foi montada de acordo com o tema representado, e em lugares específicos, como rascunhos dentro de uma gaveta, desenhos de cinco centímetros colocados junto com o material usado. Tem tiras de pinguins dentro de uma geladeira, pequenas histórias colocadas em gibis do lado de um banco, para que o publico pudesse folhar, e uma sala, no centro da ocupação, iluminada com uma luz vermelha, com obras com críticas mais pesadas mostrados de uma forma sexualizada. Na parede dessa sala, tem formas cilíndricas em uma das paredes, que pelo conteúdo da sala, me remeteu a vários pênis.
Eu, particularmente, não sou sensível ao ponto de compreender exposições que trazem um monte de vidro quebrado no chão, iluminado por um foco de luz, como a exposição ao lado da que eu fui. Escolhi a Ocupação Angeli por serem charges. Quando entrei, achei o visual incrível, e me surpreendi ainda mais com o conteúdo das obras. Angeli coloca em suas obras críticas de forma explicita e muito irônica. Ele não mede “palavras” e abusa de detalhes. Algumas são situações do nosso cotidiano expostas de uma forma que nos fazem refletir. Algumas obras são pesadas e algumas engraçadas. Mas todas nos fazem parar, olhar e sentir.


Geladeira de pinguins
 
Os detalhes predominam


As gavetas
 


Essa obra me lembrou de uma cena do filme Réquem para um sonho
 

Parede de pênis, na sala vermelha



Ocupação AngeliData: de 16/3 a 29/4
Horário: de terça a sexta-feira, das 9h às 20h; sábado e domingo, das 11h às 20h
Local: Itaú Cultural
End.: Av. Paulista, 149 – Bela Vista
Preço: Grátis
Tel.: (11) 2168-1700
Site: http://www.itaucultural.org.br/

segunda-feira, 26 de março de 2012

Insustentável Leveza - Anna Paola Protasio

A exposição  “Insustentável Leveza”  está localizada nMuBE (Museu Brasileiro da Escultura) do dia 07 de março até 01 de abril, das 10h às 19h. As obras são feitas pela arquiteta e artista plástica Anna Paola Protasio. A exposição estão expostas nas salas Pinacoteca, Burle Mark e na área externa do museu.



Depois de 9 exposições individuais e três coletivas em diferentes estados, a artista vem a São Paulo pela primeira vez com essa exposição, apresentando 30 obras e 10 esculturas inéditas. A exposição também apresenta instalaçõesmaquetes e objetos.
"Muitos de seus trabalhos são erigidos com objetos saqueados do cotidiano e esvaziados de sua função utilitária. Deslocados para o universo da arte, tais objetos repetidos e reestruturados (como escadas e cones) ou unitários (como torres e cones de tricô), agigantados ou diminutos, pesados ou frágeis, compõem um repertório poético visual de sonhos e dores, ficções e memórias, solidões e temores", Marisa M.
Não costumo ir muito em museus e exposições, mas essa exposição achei bastante interessante. Tinham várias instalações que me chamaram bastante atenção, pois prefiro observar instalações e maquetas do que um certo quadro. 
As obras estavam pelo museu todo; na sala Pinacoteca, tinham em cerca de umas 5 instalações enormes, uma mais diferente que a outra. onde uma eram várias escadas penduradas do teto e outra era um cubo gigante com umas menores dentro. Achei incrível.


Na outra sala Burle Mark, a proposta continuava a mesma, com vários objetos feito por Anna. Gostei muito da criatividade dela. 


Só consigui tirar foto na área externa do museu, onde tinham outras obras:


Mas a parte que eu mais gostei com certeza foi uma parede feita de graffiti na parte externa do museu. 




Recomendo a exposição para qualquer um que gosta de artes elaboradas e diferenciais. Vale super a pena.

Anna Luiza Moura Andrade Araujo
Exposição - “Insustentável Leveza” - Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), nas salas Pinacotecas, Burle Mark e na área externa do museu - Av. Europa, 218. Jardim Europa - São Paulo - SP - De 7 de março a 1º de abril - De terça-feira a domingo, das 10h às 19h - Entrada: franca - Informações: (11) 2594-2601.

domingo, 25 de março de 2012

Danielle Largman - Etnias

Uma equipe de sessenta pessoas trabalhou durante dois anos na montagem da obra publica "Etnias do primeiro e sempre Brasil", projeto de autoria da artista plástica Maria Bonomi.
A intervenção ocupa uma passagem subterrânea entre o memória da América Latina e a estação Barra Funda do metro, por este corredor de 50 metros de comprimento. Distribuem-se painéis que retratam em três fases a saga dos povos indígenas . Pecas de cerâmica mostram florestas tropicais antes da chegada dos europeus. Em bronze estão cenas das conquistas e, por fim, gravadas em alumínio. Imagens do mundo atual. Vinte representantes das tribos guarani e maragua ajudaram na recém-finalizada construção que e cercada por espelhos e iluminação cenografica.


A instalação “Etnias – Do Primeiro e Sempre Brasil” está localizada entre o mêtro e o conjunto arquitetônico. Nesse corredor há espelhos em toda parte, desde a entrada até o final do túnel. Quanto a iluminação, fica por conta das luzes em cima das obras, que chamam atenção aos painéis e dão um ar cenográfico e misterioso aos toténs, que recontam de forma interativa a história e o cotidiano, assim como costumes dos índios brasileiros, os quais viviam aqui antes da chegada dos europeus . Todos os painéis são feitos em relevo porém, se diferenciam quanto aos seus materiais, já que cada um tenta evocar um tipo de período, historias e etnias diferentes do Brasil; As em argila nos remete a mata, cavernas, primeiras habitações, padrões indígenas, instrumentos rituais, animais e as pinturas rupestres. Já os painéis em bronze remetem à chegada dos colonizadores com o uso de caravelas, das armas usadas, às missões feitas. E por último, os painéis de alumínio, que especulam os elementos que se fazem presentes até hoje, como a influência na construção de Brasília, por exemplo. 
                        

Outro elemento muito interessante que reparei foi na escada, onde há o nome de índios das diversas etnias.

Bonomi dividiu o túnel em três etapas. A primeira, feita de barro, remete a Era arqueológica

A segunda, aborda as origens da técnica, toda feita em bronze; 


A terceira feita em alumínio, pois esse material, segundo Bonomi, remete aos tempos atuais

Ao passar pelo corredor, nos sentimos integrados aos momentos que o museu retrata, porque além de tratar dos períodos históricos em alto relevo e com luzes fortes nos painéis dos quais estamos passando, em tamanho enorme, também possuem cada uma delas uma carga de vericidade muito grande, por tratar de momentos "corriqueiros" de cada personagem, por exemplo do índio nesta obra


E minha preferida, por fim, que retrata porque eu gostei tanto da exposição: sentir-se dentro do periodo retratado, neste o indio parece andar com a gente ao meio do museu.

Fazia muito tempo que não gostava tanto de uma exposição como gostei desta, sinceramente, pois me senti dentro de cada periodo historico, não apenas pelo tamanho mas também pelos momentos retratados. Alem de tudo ser muito luxuoso, o espaço foi realmente projetado para aumentar o interesse e a beleza do cobre, alumínio e artesanais (em barro), independente de qual todos eles ficaram muito bonitos com as luzes, espelhos atrás e alto relevos em toda parte dos painéis. A sensação de labirinto, mas com uma saída visível, cria ao mesmo tempo uma espontaneidade ao lugar e interesse de ver até o fim.



  Conseguiram transformar algo que desde pequenos estudamos e que já não interessa tanto a alguns em uma atracão despojada ao meu ver.



A exposição fica na Entrada pelo portão 1, ao lado do mêtro, todos os dias, das 9 as 18 horas. 






segunda-feira, 19 de março de 2012

A aparência e os vestígios do enigma – Taisa Nasser



 Por Laura Aira de Mello



“Os contrastes cromáticos e a força espiritual são traços marcantes nas obras expostas. Jacob Klintowitz (o curador) considera que esse trabalho de Taisa Nasser coloca em pauta uma discussão ‘sobre caminhos, uma proposta de novo entendimento da arte, a expressão como mensagem psíquica, a forma como desejo de transcendência’”. 


Enigma, técnica mista sem tela - 195 x 130 cm


Tive a sensação de voltar à infância na época do primário em que fazíamos trabalhos com massinha. Cada quadro apresenta um enigma como se nos fizesse tentar enxergar o que se encontra por trás destas camadas desproporcionais de cores que dão um efeito tridimensional as obras.

   
    O Muro, 13/8/1961 -09/11/1989,
    Premio Toile d'Or de I'an 2011
    Salon des Indépendentes -
    Grand Palais - Paris
    Técnica mista sem tela - 195 x 230 cm 


Adorei as cores dos quadros, é uma exposição relativamente curta, com apenas vinte telas em que cada tela parece ter uma cor predominante.

                                         Berlim - Outono li, técnica mista sem tela - 195 x 130 cm   


                             








Quietude Esverdeada,   técnica mista sem tela - 100 x 100 cm


                                      




 



Paris - Vento, técnica mista sem tela - 100 x 100 cm



                                         
                                        A Tempestade Começao, técnica mista sem tela - 195 x 230 cm


É uma exposição na qual se pode liberar a imaginação ou simplesmente ficar encantados com as cores que nos geram calma e felicidade. Dentre as obras a que mais me chamou atenção foi a "Nova Consciência", imagino que seja por causa do contraste das cores da obra com o fundo roxo.
                                     Nova Consciência, técnica mista sem tela - 195 x 230 cm




 
O Espaço Cultural Citi (Av. Paulista, 1111, térreo, fone 11.4009.3000)
Fica aberto para visitação de segunda a sexta-feira, das 9 às 19 horas;
Aos sábados, domingos e feriados, das 10 às 17 horas.
 Acesso a pessoas com deficiência física pela Alameda Santos, 1146.
A entrada é gratuita.

domingo, 18 de março de 2012

Índia!


Marina Ribeiro - 41112883




A exposição Índia, lado a lado, concebida para o centro cultural Banco do Brasil e o SESC Belenzinho, apresenta a complexibilidade da arte contemporânea indiana por meio de obras de artistas que vivem na Índia e atuam internacionalmente, fazendo uso de técnicas distintas como pintura, escultura, instalações, fotografias e vídeos.
Fotos não são permitidas, apenas na entrada.
A exposição conta com cinco pavimentos, em qual, cada um possui uma arte. No subsolo encontram-se objetos de luta como adagas, escudos e elmos; fotos e móveis caseiros antigos. Uma tapeçaria enorme, exibe vídeos e fotos de Mahatma Gandhi (responsável por um dos maiores feitos na luta contra a opressão colonialista em toda a história da independência da Índia), em outra parede há seu busto onde frases são projetadas acima, uma delas: Viva o hoje como se fosse morrer amanhã; por fim há uma sala com cartazes de filmes de Bollywood e trechos de filmes.
            No mezanino são poucas roupas antigas em exposição, elas eram volumosas e coloridas.
            No primeiro pavimento, estão localizadas as esculturas de barro e tapeçarias, que são muito coloridas e bem detalhadas.
            No segundo pavimento são fotos em preto e branco, de paisagens e pessoas na Índia atualmente. Em uma sub-sala, são apresentados esculturas de pedra e metal, representando os Deuses indianos.
            No ultimo andar, observa-se uma pequena sala com objetos de metais, esculturas e armas de combate da época.
            Em todos os andares, encontram-se vídeos e música ao fundo. É um exposição belíssima, com artefatos muito bonitos. A energia e  ambiente criado são a diferença dessa exposição, nos fazendo mergulhar na cultura indiana.


Na entrada uma escultura dourada de Ganesha que é reverenciado 
como o Removedor de Obstáculo e Senhor dos Começos.

Budhapada - representação da pegada de Buddha, esculpida em pedra.

Parede onde eram projetados vistas da Índia.

Roupas Tradicionais

Meio de transporte típico

Índia!
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Álvares Penteado, 112, Centro 
Até 29 de Abril
Terça a Domingo
Entrada franca





Marilyn Monroe

Exposição: "Quero ser Marilyn Monroe".
Cinemateca Brasileira

Stephanie Reichmann Rodrigues


   Dia 22 de fevereiro fui visitar a exposição "Quero ser Marilyn Monroe". Esse ano faz 50 anos desde a morte de Marilyn. Nesse dia encontrei Roberto Justos e alguns jornalistas gravando matérias para homenagiar esse sex symbol que ela foi e sempre será.  Não importa o quanto a moda e o padrão de beleza mude, Marilyn sempre será a imagem de perfeição tanto para os homens quanto as mulheres.

Bernard of Hollywood,
Marilyn na Coreia,1954,
impressão em gelatina de prata,
30x45cm
cortesia da coleção particular, Alemanha


   Marilyn Monroe foi musa de vários artistas, como Andy Warhol, Peter Blake, Henri Cartier-Bresson, Cecil Beaton, Ernst Haas e entre outros. Todos buscaram novos modos para transmitir a beleza da atriz, mas poucos tentaram explorar o outro lado de Marilyn. O lado que foi ofuscado, ignorado por muitos por não quererem estragar a perfeita imagem que ela tinha. O brilho e a beleza de Marilyn faziam parecer impossível a existência desse outro lado.


Marilyn Monroe
Marilyn Monroe

    Como a própria Marilyn diziam. Elas se tranformou num produto. Todos só viam a fachada bela criada por Hollywood e por publicitários para venderem seus respectivos produtos. Os artistas que usaram Marilyn Monroe como musa, utilizaram essa fachada para dar vidas aos seus quadros.


   A morte de Marilyn Monroe aconteceu na mesma época em Andy Warhol começou a usar a técnica de silkscreen em suas obras. Fascinado com o processo de produção em massa de uma imagem com pequemas variações, utilizou a imagem de Marlyn Monroe para criar umas das suas obras mais famosas.

Andy Warhol,
Marilyn Monroe,1967/1982,
100x100cm
Screerprint,
Cortesia de coleção particular, Alemanha

Marilyn Monroe e o presidente Kennedy tiveram suas vidas cruzadas e se acredita que os dois mantiveram  um caso até a morte de Marilyn. Esse  escândalo foi tema de várias obras. Como foi o caso do artista Kim Dong-Yoo, que usou a imagem tanto do Kennedy e da Marilyn em seu quadro. Quando se aproxima do retrato de Marilyn é possível encontar várias images menores(pixels) de Kennedy. O mesmo acontece com o retrato do presidente, nele há pixels de Marilyn.

Kim Dong-Yoo,
Marilyn e Kennedy, 2008,
Inkjet em papel feito a mão,
Cortesia da Galeria von Braunbehrens,Munique

    Marilyn Monroe, antes de alcançar a fama, fez uma seção de fotos para Tom Keller, recebendo no final apenas 50 dolares pelo trabalho. Nesse momento a foto não chegou a ser publicada. Só mais tarde, quando Hugh Hefner comprou os direitos autorais da foto, ela foi utilizada para primeira edição da revista Playboy.

Tom Keller,
Ensaio Red Velvet Pose "De Joelhos",1949
impressão cibachrome,
cortesia da coleção particular, Alemanha


   Um dos momentos mais famosos da história do cinema, é cena de Marilyn sobre a grade de ventilação do metrô, ao lado de Thomas Ewell, no filme "O pecado mora ao lado".



anônimo,
Marilyn vestidos aos ares, 1955
25x33cm,
Cortesia de coleção particular
anônimo,
Marilyn vestidos aos ares, 1955
25x20,
Cortesia de coleção particular




   Katherine Bernhardt foi uns dos poucos artistas que tentou buscar o outro lado de Marilyn em sua obra. Mostrou a fragilidade da artista, e não a idealizou.

Katherine Bernhardt,
sem título,2009,
 acrílico em canvas,
75x100cm,
cortedia de CANADA, Nova York

Marilyn Monroe foi musa de vários outros artista e fotógrafos. Para finalizar irei por mais alguns dessas obras.

Bob Henriques,
Marilyn na abertura do jogo de futebal EUA-Israel,1959
impressão em gelatina de prata,
20x30cm
cortesia da coleção particular, Alemanha

Milton H. Greene,
Blusa Vermelha,1955,
impressão em Ink Jet,
40x45cm
cortesia da coleção particular, Alemanha.

Ed Feeingersh,
Marilyn com chanel n.5, 1955,
impressão em gelatina de prata,
20x25cm
cortesia da coleção particular, Alemanha.
Laszlo Willinger,
Jovem Marilyn, Glamour, 1950,
impressão em gelatina de prata,
cortesia da coleção particular, Alemanha

Nahum Baron,
Flor no Jardim, 1954,
impressão em Gielee,
cortesia da coleção particular, Alemanha

Anónimo,
Marilyn Monroe em casa, 1956
impressão em Gielee,
33x45cm
cortesia da coleção particular, Alemanha
Werner Berger,
Marilyn,2003,
Screen Print,
55x70cm
Cortesia da galeria Davis, Frankfurt am Main. 

Erró,
O ponto de derretimento,2001,
colagem,
20x25cm
cortesia da coleção particular, Alemanha
  

   Um modo que encontraram para homenagar Marilyn Monroe foi dando o seu nome a um cocktail, associação perfeita entre glamour e prazer. Essa foi a exposição que conta, através de fotos e quadros, a vida e a careira tão glamorousa de Marilyn Monroe.


Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207
Ibirapuera-São Paulo
de 4 de março à   1º de abril
Entrada gratuita.
 (11)3512-6111