Juliana Simões
A exposição reúne parte do Acervo particular da historiadora e colecionadora Thereza Collor, que começou a ser montado quando ela ainda tinha 14 anos de idade e fez uma viagem ao Irã. Segundo Paulo Scaff (Presidente da Galeria de Arte do SESI-SP e do Centro Cultural FIESP Ruth Cardoso), o objetivo da exposição é levar a arte para a nossa população.
Os objetos, chamados de adornos, revelam transformações estéticas e de costumes das diversas produções peculiares de distintos grupos étnicos de algumas regiões desérticas. O acervo conta com mais de 2 mil peças, que ao meu ver são extremamente integrantes, que são produzidas artesanalmente com metal, fibras naturais, tecido, pedras, couro e conchas.
A coleção registra um mundo fascinante de peculiaridades e simbologias religiosas, sociais e políticas.
Acessório de Indumentária
Fíbula, séc. XIX
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As joias possuem um certo tom de mistério, pois a maioria delas guardam segredos de usos originais tradicionais de determinados grupos étnicos. Os adornos mais interessantes e misteriosos são os de cabeça, infelizmente não consegui encontrar nenhuma imagem para colocar no blog, mas vale a pena ir diretamente à exposição.
Adorno de braço
Fim do séc. XIX e início do XX
grupos étinicos Tekke e Yomud, Turcomenistão
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A exposição traz, especialmente, objetos de adorno para o corpo, cujas características de estética, forma e função deixam claras as associações com a diversidade sociocultural e a inter-relação entre povos.
Essas joias não eram apenas adornos, como acessórios para embelezamento do corpo. Em algumas é notável o desgaste de tanto usar, elas eram símbolos os quais eram vistos como status, hierarquias. São marcas de costumes locais, como por exemplo, o uso de braceletes pelas noivas na cerimônia de casamento (com a finalidade de proteção e de representação das condições sociais da família).
Adorno de pescoço
Khamsa, séc. XIX
Marrocos
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CURIOSIDADE: Acredita-se que o brilho da prata espanta mau-olhado, e a preferência por esse metal, para esses povos, é também explicada por motivos religiosos do mundo islâmico, que não recomendava o uso e ostentação do ouro público. A prata tinha uma força mágica e de purificação.
PERÍODO DE VISITAÇÃO | DE 13 DE MARÇO A 10 DE JUNHO DE 2012 |
LOCAL: | GALERIA DE ARTE DO SESI-SP - CENTRO CULTURAL FIESP RUTH CARDOSO End.: Av. Paulista, 1313 (metrô Trianon-Masp) – Tels.: (11) 3146-7405/06 |
HORÁRIO: | SEGUNDA-FEIRA, das 11h às 20h, TERÇAS E SABADOS, das 10h às 20h, e DOMINGO, das 10h às 19h A galeria aceita a entrada de visitantes até 20 minutos antes do seu fechamento. |
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