domingo, 25 de março de 2012

Danielle Largman - Etnias

Uma equipe de sessenta pessoas trabalhou durante dois anos na montagem da obra publica "Etnias do primeiro e sempre Brasil", projeto de autoria da artista plástica Maria Bonomi.
A intervenção ocupa uma passagem subterrânea entre o memória da América Latina e a estação Barra Funda do metro, por este corredor de 50 metros de comprimento. Distribuem-se painéis que retratam em três fases a saga dos povos indígenas . Pecas de cerâmica mostram florestas tropicais antes da chegada dos europeus. Em bronze estão cenas das conquistas e, por fim, gravadas em alumínio. Imagens do mundo atual. Vinte representantes das tribos guarani e maragua ajudaram na recém-finalizada construção que e cercada por espelhos e iluminação cenografica.


A instalação “Etnias – Do Primeiro e Sempre Brasil” está localizada entre o mêtro e o conjunto arquitetônico. Nesse corredor há espelhos em toda parte, desde a entrada até o final do túnel. Quanto a iluminação, fica por conta das luzes em cima das obras, que chamam atenção aos painéis e dão um ar cenográfico e misterioso aos toténs, que recontam de forma interativa a história e o cotidiano, assim como costumes dos índios brasileiros, os quais viviam aqui antes da chegada dos europeus . Todos os painéis são feitos em relevo porém, se diferenciam quanto aos seus materiais, já que cada um tenta evocar um tipo de período, historias e etnias diferentes do Brasil; As em argila nos remete a mata, cavernas, primeiras habitações, padrões indígenas, instrumentos rituais, animais e as pinturas rupestres. Já os painéis em bronze remetem à chegada dos colonizadores com o uso de caravelas, das armas usadas, às missões feitas. E por último, os painéis de alumínio, que especulam os elementos que se fazem presentes até hoje, como a influência na construção de Brasília, por exemplo. 
                        

Outro elemento muito interessante que reparei foi na escada, onde há o nome de índios das diversas etnias.

Bonomi dividiu o túnel em três etapas. A primeira, feita de barro, remete a Era arqueológica

A segunda, aborda as origens da técnica, toda feita em bronze; 


A terceira feita em alumínio, pois esse material, segundo Bonomi, remete aos tempos atuais

Ao passar pelo corredor, nos sentimos integrados aos momentos que o museu retrata, porque além de tratar dos períodos históricos em alto relevo e com luzes fortes nos painéis dos quais estamos passando, em tamanho enorme, também possuem cada uma delas uma carga de vericidade muito grande, por tratar de momentos "corriqueiros" de cada personagem, por exemplo do índio nesta obra


E minha preferida, por fim, que retrata porque eu gostei tanto da exposição: sentir-se dentro do periodo retratado, neste o indio parece andar com a gente ao meio do museu.

Fazia muito tempo que não gostava tanto de uma exposição como gostei desta, sinceramente, pois me senti dentro de cada periodo historico, não apenas pelo tamanho mas também pelos momentos retratados. Alem de tudo ser muito luxuoso, o espaço foi realmente projetado para aumentar o interesse e a beleza do cobre, alumínio e artesanais (em barro), independente de qual todos eles ficaram muito bonitos com as luzes, espelhos atrás e alto relevos em toda parte dos painéis. A sensação de labirinto, mas com uma saída visível, cria ao mesmo tempo uma espontaneidade ao lugar e interesse de ver até o fim.



  Conseguiram transformar algo que desde pequenos estudamos e que já não interessa tanto a alguns em uma atracão despojada ao meu ver.



A exposição fica na Entrada pelo portão 1, ao lado do mêtro, todos os dias, das 9 as 18 horas. 






Um comentário:

  1. Adorei parabéns!
    O texto ficou bem claro e explicativo, da ate vontade de visitar a exposição.
    Lilian Largman

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